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Nova tecnologia de processamento reduz o consumo de energia em mil vezes

Às vezes tornam-se públicas notícias envolvendo novas tecnologias que são difíceis de serem aceitas como verdadeiras até pelos mais crédulos e por aqueles que gostariam que essas notícias se confirmem. 

É o que acontece agora, quando a imprensa especializada noticia o desenvolvimento de uma nova arquitetura de computadores que reduziria em mil vezes o consumo de energia utilizado para o processamento de aplicações de inteligência artificial. 

Segundo artigo publicado no jornal Unconventional Computing, do grupo Nature – uma publicação séria, diga-se de passagem, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Minnesota liderada pelo Professor Yang Lv, desenvolveu tecnologia que pode vir a permitir essa economia. 

Em essência, os pesquisadores criaram um atalho que reduz significativamente a demanda de energia por essas aplicações: usualmente, os dados em processamento são movidos entre o processador e a memória do computador, e vice-versa, à medida em que cada operação é realizada. Apenas o constante transporte de dados de um ponto para o outro consome até duzentas vezes mais energia do que a utilizada pelo cálculo propriamente dito, de acordo com os pesquisadores.

Basicamente, esse atalho constituiu-se no desenvolvimento de uma Computational Random-Access Memory (CRAM) que permite que os   dados nunca deixam a memória durante o ciclo de processamento, eliminando o constante tráfego de dados entre o processador e a memória convencional, levando à redução no consumo de energia.

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A importância de tecnologias desse tipo não pode ser subestimada, pois estudos recentes sugerem que as cargas de trabalho de IA já consomem quase tanta eletricidade quanto consumiu   Chipre em 2021.

Em 2023, o consumo de energia por IA chegou a 4,3 GW e acredita-se que deva crescer a taxas entre 26% a 36% nos próximos anos – o    CEO da Arm disse recentemente que até 2030, a IA pode consumir 25% de toda a energia produzida nos Estados Unidos.

A nova arquitetura ainda não está pronta para entrar em regime de produção, mas sem dúvida seria muito interessante se ela se mostrasse realmente viável.

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