50 primeiros que fizerem uma contribuição de no mínimo R$ 250 ganham o produto; campanha vai até 14 de setembro.
O arte-educador Vitor Moreira deu início à campanha de financiamento coletivo de seu projeto PiMu, a primeira lousa musical do mundo, utilizada por ele como instrumento na aplicação de um método inovador no ensino de música. Interessados podem contribuir com no mínimo R$ 10 no site Catarse até 14 de setembro. Os 50 primeiros que fizerem uma contribuição de R$ 250 ganham o produto, que depois disso passa a ser vendido a R$ 400.
A PiMu funciona por meio de um sistema de fechamento de circuitos, no qual a tinta é o agente conector. Ela possui vários pontos musicais espalhados em sua superfície, que podem ser ativados por meio de tinta especial: o computador integrado ao instrumento identifica os pontos conectados e ativa os sons.
A lousa foi inventada em maio de 2016, depois que Vitor percebeu que o ensino musical poderia ser mais divertido e que as crianças poderiam ser protagonistas no processo de composição.
“Após um tempo trabalhando com musicalização no ensino formal, percebi que as crianças não criavam e sim reproduziam. Para criar a PiMu a principal questão foi: como podemos empoderar as pessoas para que elas sejam capazes de criar música sem precisar de teoria?”, explica ele.
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O educador não ignora a importância da teoria musical, mas não a considera como primordial nos primeiros contatos dos alunos com a música. “Criei a PiMu com a ideia de inverter o ensino. Primeiro a gente dá a condição de criar arte para depois a pessoa se sentir engajada a buscar a teoria, pois assim ela enxergará um significado e sentirá prazer em aprendê-la, aplicando-a em suas criações”, afirma.
PiMu aplicada
Antes de a campanha no Catarse ser iniciada, a PiMu já estava sendo apresentada por Vitor nas oficinas conduzidas por ele em unidades do Sesc pelo estado de São Paulo, incluindo sua participação no Circuito Sesc de Artes 2017, realizado entre 27 de abril e 15 de maio. “A receptividade do público tem sido muito boa, porque as pessoas acabam se surpreendendo com a própria capacidade de compor uma música”, conta o educador.
A primeira lousa musical do mundo também já é realidade em salas de aula do interior paulista. Na escola Little Maker, que possui unidades em Campinas, Indaiatuba e Americana, a PiMu é aplicada como instrumento de desenvolvimento da criatividade. “Ela abre um universo de possibilidades para aprendizagem criativa e significativa. É sensacional aprender fazendo com a mão na massa. É neste tipo de ensino que acreditamos e temos vivenciado nas nossas oficinas”, comenta Diego Thuler, fundador da Little Maker.
Em Limeira, a lousa foi utilizada por Vitor em suas aulas de música no Colégio Jandyra. O educador conta que foi com o instrumento que as crianças passaram a entender o sentido da teoria musical. “Antes de usarem a PiMu, os alunos não tinham clareza de onde poderia chegar com as informações teóricas. Com a lousa, eles sentiram mais vontade de aprender pois viam sentido para a teoria, após fazerem as primeiras combinações de sons”, explica Vitor.
A versatilidade do instrumento também passou a ser percebida fora dos espaços de ensino, quando a PiMu foi utilizada por fonoaudiólogas e psicólogas no atendimento a crianças e idosos, inclusive na Associação Limeirense de Combate ao Câncer e no centro de psicoterapias Cogitare, ambos em Limeira.
A psicóloga Patrícia Incerpe, que trabalha no Cogitare, aplicou a lousa em seu trabalho de atendimento a um grupo de idosos. “Trabalhar com a PiMu foi muito interessante, pois ela estimula a criatividade através dos desenhos e a combinação dos sons com a tinta guache. Além de proporcionar a interação do grupo, já que eles trocam materiais entre si e escolhem juntos os sons”, conta ela.
As contribuições para tornar a PiMu uma realidade para ainda mais pessoas podem ser feitas por este link.