A NVIDIA lançou uma nova geração de chips que provavelmente desempenhará um papel importante no processamento de aplicações sofisticadas, como Deep Learning e Large Language Models (LLMs), dos quais o mais conhecido talvez seja o GPT-4.
Segundo a empresa, a nova tecnologia representa um salto significativo em relação à geração anterior e está pronta para ser usada em grandes centros de dados e supercomputadores, trabalhando em tarefas como previsão do tempo, pesquisa de medicamentos, computação quântica e outras.
O principal produto dessa nova geração é a GPU HGX H200 baseada na arquitetura “Grace Hopper” da NVIDIA, que deve substituir a popular GPU H100. É a primeira GPU da empresa a usar a memória HBM3e, mais rápida e com mais capacidade que suas antecessoras, o que a torna mais adequada para LLMs .
A H200 funcionará em todos os tipos de centros de dados (local, nuvem, nuvem híbrida e borda) e será implantada pela Amazon Web Services, Google Cloud, Microsoft Azure e Oracle Cloud Infrastructure, entre outros, devendo entrar em operação no segundo trimestre de 2024.
O outro produto-chave apresentado agora pela NVIDIA é o superchip GH200 que combina a GPU HGX H200 com tecnologia ARM. O superchip é projetado para supercomputadores, permitindo acelerar aplicativos complexos de inteligência artificial e computação de alto desempenho (HPC), processando volumes de dados na ordem de terabytes.
De início, o maior supercomputador que utilizará essa tecnologia será o Júpiter, instalado na Alemanha, que provavelmente será o sistema de inteligência artificial mais poderoso do mundo quando começar a operar em 2024. Será uma máquina com 24 mil GH200.
Essas novas tecnologias são essenciais para a NVIDIA, que agora obtém a maior parte de sua receita nos segmentos de inteligência artificial e grandes centros de dados. No último trimestre, a empresa registrou uma receita recorde de US$ 10,32 bilhões nessa área, para uma receita total de US$ 13,51 bilhões, um aumento de 171% em relação ao ano anterior.
Vale lembrar que Grace Hopper, que dá seu nome à arquitetura, foi uma das mais importantes pioneiras na área da computação, criadora da linguagem de programação de alto nível Flow-Matic — base para a criação do COBOL — e uma das primeiras programadoras do computador Harvard Mark I em 1944.
Foi almirante da marinha americana, que deu seu nome a um de seus navios, o destroier lança-misseis USS Hopper.