O Japão anunciou planos para construir o primeiro supercomputador de classe zeta do mundo. Ainda um exercício teórico, esta máquina inovadora poderia atingir velocidades de processamento mil vezes maiores que as dos supercomputadores atuais.
Chamado Fugaku Next, o computador deve custar mais de mais de 750 milhões de dólares para ser construído, esperando-se que esteja totalmente operacional até 2030.
O Fugaku Next atingiria velocidades na escala de zetaFLOPS, um feito nunca antes alcançado – os supercomputadores mais avançados de hoje operam no nível de exaFLOPS, são capazes de realizar um quintilhão de cálculos por segundo – o Fugaku Next seria capaz de realizar um sextilhão de cálculos por segundo.
Mas há desafios significativos, principalmente em relação à eficiência energética; estima-se que uma máquina de classe zeta, usando tecnologias atuais, consumiria um volume de energia que inviabilizaria o projeto.
Para contornar esse problema, os projetistas da nova máquina estão considerando diversas medidas, como o uso de CPUs projetadas sob medida, de sistemas de memória high-bandwidth e de outras tecnologias já usadas no supercomputador Fugaku, ora em operação.
Embarcados Experience 2024: Evento Presencial
Participe do Embarcados Experience 2024 em São Paulo. Conhecimento técnico, palestras, workshops e oportunidade de networking com profissionais experientes.
O Fugaku alcançou um desempenho de 442 petaFLOPS, ou 442 quadrilhões de operações por segundo, no benchmark TOP500, uma lista que classifica os 500 supercomputadores mais poderosos do mundo. Foi o mais rápido do mundo de junho de 2020 a junho de 2022 e ocupa o quarto lugar na última TOP500, divulgada em junho passado.
O Fugaku Next seria capaz de realizar trabalhos significativamente mais avançados e complexos do que os realizados pelo americano Frontier, hoje o supercomputador mais poderoso do mundo. Com ele seria possível desde simular o cérebro humano até acelerar o processo de identificação e teste de novos compostos farmacêuticos, ou ainda, desenvolver simulações mais precisas de estruturas moleculares, potencialmente permitindo o desenvolvimento de novos materiais.
À medida que o Japão avança nesse projeto ambicioso, a comunidade global de computação observa com grande interesse a possível ocorrência de uma corrida de supercomputadores entre as nações.